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sexta-feira, 29 de junho de 2007

Os hieroglifos

- Muito bem - disse Dona Benta.Pedrinho está afiado como uma lamina gilete.Vamos ver agora se sabe o nome das duas principais bocas do Nilo.
Desta vez o menino engasgou.Não sabia.
- Rosêta e Damieta - disse Dona Benta.Pois bem.Perto de Rosêta é que a chave dos hieroglifos foi casualmente descoberta.Um homem, que estava cavando o chão,encontrou uma pedra de túmulo com uns hieroglifos,que ele,como era natural,não entendeu.Embaixo,porém,vinha outra inscrição em grego,que o homem pôde ler.Os sábios vieram examinar a pedra e tiveram a idéia de que a inscrição grega podia muito bem ser a tradução dos hieroglifos.Estudaram o assunto e viram que era.Conseguiram assim achar a pista para a decifração completa de todos os sinais hieroglificos.Isso custou muito;só a um dêsses estudiosos consumiu trinta anos de paciente esfôrço.Mas o problema foi resolvido de modo a tornar possivel o conhecimento de toda a história do Egito,até milhares de anos antes de Cristo.A pedra de Rosêta,como é hoje conhecida,está hoje em Londres,no Museu Britânico,como uma das mais famosas pedras do mundo.

quinta-feira, 28 de junho de 2007

Os hieroglifos (cont)

- Mas como podemos ler os hieroglifos vovó?
- Muito tempo passaram os sábios sem conseguir obter a chave dos hieroglifos.Os habitantes do Egito moderno pouco tinham com os antigos egipcios e não lhes guardavam as tradições.De modo que os sábios ficaram atrapalhados diante dos hieroglifos,cuja leitura seria preciosa para o conhecimento da antiguidade.Um dia a chave apareceu.
- Como,vovó?
- O Nilo,como voces sabem,despeja por diversas bôcas do mar Mediterrâneo.
- Eu sei! - Gritou Pedrinho.Quando chegavam perto do mar,as águas abren-se em leque e formam o delta do Nilo.Alfa,Beta,Gama,Delta - A,B,G,em grego.A letra Delta,ou D,tinha a forma de um triangulo e por isso os geografos chamam delta aos leques que certos rios formam quando desembocam no mar.
Todos se admiraram daquele acesso de ciência de Pedrinho.O Visconde chegou a levantar-se do seu canto para vir examiná-lo de perto,da cabeça aos pés,voltando depois para o seu lugar.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Os hieroglifos

- Os homens da Idade da Pedra - prosseguiu Dona Benta,sabiam falar,mas não sabiam escrever.A primeira idéia de arranjar uns sinais que significassem palavras e sons só apareceu muito mais tarde no Egito.
Foram os hieroglifos,ou desenhos figurando animais e coisas - leão,touro,ave,chicote,espada e etc,correspondendo cada um a um som.O nome da rainha Cleópatra escrevia-se como está ao lado.Os egipcios usavam para escrita um papel feito de casquinha fina de uma tábua muito abundante por lá - o papiro.
- Papiro,papel - parecido,vovó! - observou Pedrinho.
- Ntural,meu filho,porque a palavra papel vem de papiro.Nesse papiro os egipcios escreviam com canudinhos de capim cortado em bico,usando como tinta,fuligem dissolvida em água.Oa livros egipcios não lembravam os nossos.Eram em forma de rolos - como os orlos de papel de forrar paredes.
A história dos seus reis,bem como a noticia das grandes batalhas e mais acontecimentos importantes,eram gravados na pedra dos monumentos,de modo que muitas dessas inscrições chegaram até nós.Foi uma bela idéia.

terça-feira, 26 de junho de 2007

Começa a história (cont)

- Que história é essa de antes e depois de Cristo,vovó? - quis saber a menina.
- Muito simples.Os povos cristãos,entre os quais estamos nós,começam a contagem dos anos a partir do nascimento de Jesus Cristo.O ano em que Jesus nasceu ficou sendo o ano I.Mas como a História alcança periodo muito anterior ao nascimento de Cristo,os acontecimentos dessas épocas são contados para tráz.O ano I00 A.C.por exemplo,(A.C.é a abreviação das palavras Antes de Cristo)marca exatamente um século antes do ano I,que foi a nascimento de Cristo.Compreendeu?
- Isso até Quindim compreende - disse Emilia.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Começa a história (cont)

- Seriam, então, mais ou menos como o deserto do Saara,que não fica longe - disse Narizinho que estava com os olhos num mapa.
- Perfeitamente, minha filha.Se o Saara fosse atravessado por um grande rio que todos os anos transbordasse,também no Saara se criaria uma faixa de terra fértil,onde uma bela civilização poderia desenvolver-se.Além das facilidades de cultura nas margens do Nilo,o clima era quente exigindo pouca roupa.Essas vantagens fizeram que os hamitas se fixassem por lá - e assim começou o Egito que a história conhece.O primeiro rei do Egito cujo nome chegou até nós foi Menes,do qual quase nada sabemos.Supõe-se que construiu algum dique,ou barragem,para melhor aproveitamento das águas do Nilo.
- Em que ano viveu esse Menes,vovó? - perguntou Pedrinho sempre amigo de datas.
- Calcula-se que vivesse a uns 4200 e tantos anos antes de Cristo.

domingo, 24 de junho de 2007

Começa a história (cont)

- Porque esse Egito era tão fértil, vovó?- perguntou Pedrinho.Dizem que por causa do Nilo- mas não me consta que os rios andem fertilizando as terras.Se fosse assim,todos os paises seriam muito férteis,porque todos os paises são banhados por numerosos rios.
- O Nilo - respondeu Dona Benta - é um rio diferente dos outros.Na estação das chuvas recebe tanta água nas suas cabeceiras que transborda e inunda as planicies que lhe ficam lado a lado.Inunda-as numa grande largura,durante toda a estação chuvosa.A consequência é que,quando vem a vazante e o rio volta ao nivel normal,as terras alagadas mostran-se mais férteis do que antes.O húmus que vem em suspensão na água transbordada fica em depósito na planície.Se não fôsse esta nual inundação do Nilo,as terras do Egito não passariam de simples desertos de areia,onde planta nenhuma poderia crescer,nem nenhum animal criar-se.Tanto as plantas como os animais não dispensam a água.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

Começa a história

- A vida dos homens antes de haver História,- continuou Dona Benta,pertence à Pré-História quer dizer antes da História.A História realmente começou com os hamitas,aquela família humana que encontramos a morar nas terras banhadas pelo Tigre e o Eufrates.De lá se mudaram,ou emigraram para o Egito.
Para emigrar não fizeram como se faz hoje:simples e rápida viagem de vapor,com bagagem e passaporte.Aquele povo própriamente não emigrou para o Egito,porque o Egito não existia - eles é que o iam formar.Existiam as terras do futuro Egito,com o rio Nilo no meio.Os hamitas emigrantes moravam em tendas.Armavan-nas em certos pontos e ali ficavam enquanto pelos arredores havia o que comer.Logo que o alimento escasseava,mudavam de acampamento.E assim foram indo até chegarem as terras banhadas pelo Nilo,tão férteis que quem as alcançava não necessitava nunca mais emigrar.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

No tempo das cavernas (cont)

Se nós pudessemos dar uma volta de avião por cima dos lugares onde viveram os primeiros povos que se civilizaram,haveriamos de ver um quadro assim - e Dona Benta descreveu:mar negro,mar cáspio,mediterrâneo,mar vermelho e golfo pérsico.
- O Tigre e o Eufrates são os nossos mais velhos conhecidos,os primeiros nomes que aparecem na história.Eles correm por muito tempo no mesmo sentido,até que se juntam e despejam no Gôlfo Pérsico.As terras compreendidas entre os dois rios são famosas,porque nelas muitas civilizações se formaram e por fim acabaram destruidas.Mesopotâmia,chama-se essa região.Vamos ver quem decompõe esta palvra.
Pedrinho olhou para a menina,a menina olhou para o Visconde.Mas nenhum abriu a bôca.
- Meso,em grego,- explicou Dona Benta,- quer dizer entre,e potamos quer dizer rio.Terra entre rios é o que quer dizer Mesopotâmia.Se agora olhar-mos para oeste,veremos um mar chamado Mediterrâneo,que banha um pais chamado Egito.

terça-feira, 12 de junho de 2007

No tempo das cavernas (cont)

- A descoberta do cobre e do estanho e a invenção do bronze marcaram uma nova era para o homem.Cessou a longa Idade da Pedra para começar a era mais curta da Idade do Bronze.Depois da descoberta do ferro iria começar a era em que ainda estamos - a grande Idade do Ferro.
- E a Idade do Ouro vovó? - perguntou Pdrinho.Já lí uma história onde se falava muito na Idade do Ouro...
- Nunca houve nenhuma Idade do Ouro,meu filho.Para trás só temos a da Pedra e a do Bronze.Estamos na do ferro.A do ouro poderá aparecer no futuro,se aparecer...
Um vôo da avião
- Os homens da Idade do Bronze estão muito perto de nós e são bastante nossos conhecidos - disse Dona Benta.Eles imaginavam que o mundo era chato e não passava daquele pedacinho de terra no qual viviam.Quem se afastasse muito,era certo chegar a um ponto onde um grande precipício mostraria o fim do mundo - "ou pelo menos uma de suas beiradas."Tinham idéia de que lá longe havia uma terra que era a última - e por isso se chamava a Última Tule - talvez a Noruega
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segunda-feira, 11 de junho de 2007

No tempo das cavernas (cont)

- Em geral o fogo era aceso entre pedras.Um dia os nossos avós notaram que dum dos fogaréus um fio líquido escorria,o qual endureceu ao esfriar,transformando-se numa substância que jamais tinham visto.Estava descoberto o metal!As pedras que aqueles homans haviam juntado para servir de fogão,eram blocos de minérios,dos quais o calor extraira o metal existente - cobre ou estanho.Primeiramente descobriram o cobre e o estanho,de fusão mais fácil que a do ferro.Este veio depois.
- Isso mesmo - aprovou Pedrinho.Eu já derreti um pedaço de cano de chumbo no fogão de tia Nastácia.O chumbo é parente do estanho.
- O primeiro cobre ou o primeiro estanho obtido devia ter causado muita surpresa aos nossos antepassados,graças ao brilho e às estranhas formas que tomam.Com o tempo verificaram a utilidade daquilo para o fabrico de armas e mais coisas.E como na fusão às vezes se misturava o cobre ao estanho,os homens aprenferam a produzir o bronze,que não passa duma mistura dos dois,embora de maior dureza do que cada um dêles.Por muito tempo,séculos e séculos,o metal usado pelos homens foi o bronze.Por fim aprenderam a produzir o ferro - que até hoje não foi suplantado.

domingo, 10 de junho de 2007

No tempo das cavernas (cont)

- Pois é isso meus filhos.O fogo foi a grande descoberta que o homem fez.Tudo mais vem daí.O homem o descobriu de dois modos:na ação do raio que despedaça e incendeia uma árvore (como aconteceu a Robinsom em sua ilha)ou na fricção de um pau contra o outro.
- Nessa não acredito! - disse Pedrinho.Lí num livro que os indios obtinham fogo esfregando dois pauzinhos.Fiz a experiência.Cancei-me de esfregar dois pauzinhos e nada obtive - nem fumaça.
- Espere - disse Dona Benta.Talvez esse livro não explicasse bem.Que eu saiba,o fogo produz-se pela fricção da ponta de um rolête de madeira dura numa panelinha aberta num pedaço de madeira mais mole e bem sêca.O rolête é girado entre as mãos,no movimento de quem enrola massa para bolinho de milho.O atrito produz o grau de calor necessário para incendiar alguma mecha que se ponha na panelinha - algodão,musgo bem sêco,certas cortiças..
- Ahn! - Exclamou Pedrinho.Isso pode ser.Mas a tal história de esfregar dois pauzinhos...
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O esperançoso: No tempo das cavernas (cont)

O esperançoso: No tempo das cavernas (cont)

sábado, 9 de junho de 2007

No tempo das cavernas (cont)

- Um livro é feito de papel e impresso em prelos.O papel faz-se com o machado de ferro que corta a árvore,com a máquina de ferro que mói a madeira,com a'máquina de ferro que desdobra a pasta de madeira em camadinhas finas,com as calandras de ferro que imprensam essas camadinhas,tudo isso ajudado pelo calor - isto é,pelo fogo.Esse papel,assim feito graças à ajuda do fogo e do ferro,vai em seguida para as tipografias,onde é impresso em prelos de ferro,e dobrado em dobradeiras de ferro,é grampeado em grampeadores de ferro,e é remetido para as livrarias em veiculos de ferro - automóveis,carroças ou trems.
- Basta,vovó!- disse Pedrinho com ar pensativo.Já vi que a senhora tem toda razão.Não existe nada,absolutamente nada,de tudo quanto o homem faz no mundo de hoje,que não tenha por base o fogo e o ferro.Logo a senhora tem razão:a primeira e a maior de todas as descobertas foi o fogo.E voltando-se para Narizinho:Mas não vá dizer isso para tia Nastácia.A boba,que nunca fez outra coisa na vida senão lidar com o fogão,vai ficar muito cheia de sí e convencida de que foi ela quem descobriu o fogo..

sexta-feira, 8 de junho de 2007

No tempo das cavernas (cont)

- A primeira e a maior descoberta do homem foi o fogo- disse Dona Benta.
Pedrinho protestou.
- A primeira pode ser,mas a maior,não!- disse ele.Onde a senhora põe a invenção da pólvora,da imprensa,do rádio e tantas outras?
- Sem a descoberta do fogo,nenhuma das invenções que voce sitouse teria dado;a descoberta do fogo foi o maior dos acontecimentos porque permitiu tudo mais.A descoberta do fogo trouxe logo a do ferro e foi do ferro que saiu toda a nossa civilização de hoje.Nada existe nela que não tenha por base o fogo e o ferro.
Pedrinho ficou na dúvida,pensando.Dona Benta provocou-o.
- Aponte-me,uma só coisa de hoje que possa ser feita sem a ajuda do fogo e do ferro.
- Uma casa... disse ele por dizer.
- Que mau exemplo,Pedrinho! Não vê que numa casa as têlhas e os tijólos são cozidos ao fogo,e todo o madeiramento é trabalhado com toda sorte de instrumentos de ferro - machados,serras,plainas,formões,etc.

quinta-feira, 7 de junho de 2007

No tempo das cavernas (cont)

- Você queria ser nascida na Idade da Pedra,Emília?- perguntou Narizinho à boneca.
- Queria,sim,só prara ter o gostinho de ver uma noiva arrastada pelos cabelos.
- Bôba! Não valia a pena.Uma menina daquele tempo não tinha banheiro para tomar banho de manhã,não tinha escova de dentes para escovar os dentes,nem pente para pentear os cabelos.Um horror de vida...
- Além disso- contimuou Dona Benta,por falta de talheres tinha que comer com os dedos numa grande e feissima panela de barro,única para tôda a caverna.Nada de cadeiras e camas ou redes.Para dormir e sentar,chão duro.Nada de livros,lápis,e papel para escrever.Os dias sempre iguais e completamente vazios.Uma menina como voce teria que passar as horas brincando com os irmãos de fazer pelotas de barro,ou coisas semelhante.As cavernas eram escuríssimas e úmidas,cheias de aranhas e morcegos.Vestuário,quando havia,era a pele de uma onça morta pelo papai - pele que só abrigava parte do corpo.Nos dias de inverno,como não houvesse fogo,era aguentar-se encolhidinha dentro da tal pele.

quarta-feira, 6 de junho de 2007

No tempo das cavernas (cont)

Horriveis e desagradabilíssimos,esses nossos antepassados!O meio de conseguir mulher não era namorar ums rapariga e pedi-la em casamento.Nada disso.O pretendente marcava na caverna próxima uma que lhe agradasse e de repente entrava lá de cacete em punho,amassava a cabeça da menina,ou dos pais,caso a defendensem,e a levava sem sentidos,arrastada pelos cabelos.Uma pura caçada.
Eram homans de luta permanente.Atacar,roubar matar o mais fraco,bem como fugir do mais forte,constitui a regra da vida que vem da primeira lei da natureza:- cada qual por si.Ou mata ou é matado;ou rouba ou é roubado.Nós somos descendentes dessas bárbaras criaturas e por isso temos no sangue muito dessa selvageria.Apesar da educação que o progresso geral trouxe,inúmeros homens hoje ainda agem como os da Idade da Pedra.Por isso é que existem tantas cadeias e fôrcas e cadeiras elétricas.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Idade da pedra (cont)

Passavam o tempo caçando viventes mais fracos ou fugindo de outros mais fortes.Na caça usavam o mundéo,isto é,um buraco feito no chão,disfarçado com galhos secos,folhas e terra em cima.Ou então empregavam flexa de ponta de pedra e machados também de pedra.Em certas cavernas por eles habitadas foram encontrados desenhos dos animais que costumavamcaçar,desenhos feitos na pedra.
- Com que lápis,vovó?- perguntou Narizinho.
- Tais desenhos eram evidentemente feitos com pontas de pedra lascadas.Por mais que a gente dê tratos à bola não consegue descobrir outro lápis possivel em tal época.Êsses homens alimentavan-se do que podiam apanhar - de caça,de castanhas,de mel,de frutas,de ovos furtados aos ninhos.E tudo comiam cru,pois que o fogo ainda não fora descoberto.Deviam ser de uma ferocidade sem par.
- E que lingua falavam,vovó?- perguntou Pedrinho.
- Expressavan-se por meio de grunhidos.No entanto,foi dêsses bárbaros grunhidos que provieram todas as linguas modernas.Como roupas usavam sôbre o corpo a pele dos animais caçados - não peles curtidas e macias como as temos hoje,mas cruas e com mal cheiro.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Idade da pedra (cont)

outros animais.Homens,mulheres e crianças eram,pois,simples bichos de caverna. - Não vovó! - gritaram os dois meninos.Só podiam provar a existencia de homens,porque,só os homens usam tais objetos.
-Muito bem - aprovou Dona Benta.E o fato de esses objetos serem de pedra prova que o ferro ainda não se achava descoberto.E o fato de estarem enterrados muito fundo,com espessissimas e velhissimas camadas de terra em cima,prova que isso foi muitos séculos antes da descoberta do ferro.Também foram encontrados ossos de homens dessa era,os quais morreram milhares de anos antes que a humanidade principiasse a ter história.Guiados por tudo isso,nós hoje sabemos que vida levavam esses nossos antepassados da Idade da Pedra,como dizem os sábios.
Eram puros animais selvagens,dos mais ferozes e brutos.Diferença única:andavam sôbre dois pés.Fora daí,peludos como os lôbos e cruéis como tôdas as feras.Não dormiam em casas.Quando a noite vinha,o chão lhes servia de cama.Mais tarde o frio os obrigou a morarem em cavernas de pedra,onde estavam mais abrigados dos rigores do tempo e da sanha de

sábado, 2 de junho de 2007

No tempo das cavernas

- Mas como a senhora sabe que as coisas se passaram assim?- perguntou Emilia.Quem viu?
- Há dois modos de saber - explicou Dona Benta.Um é vendo,pegando,cheirando,quando as coisas estão diante de nós.Outro é imaginando,ou advinhando,ou inferindo.Também há duas espécies de advinhações.Uma com base e outra sem base.Se eu digo:advinhe em que mão eu tenho o niquel e apresento as minhas duas mãos fechadas,trata-se de um caso de advinhação que é puro jogo.A pessoa perguntada pode acertar ou errar na resposta.Questão de sorte.
Pois muito bem:é raciocinando com base nos vestigios encontrados,que o nosso senso comum advinha muita coisa que se passou há milhares de séculos atrás.
- Nas escavações feitas em muitos lugares - continuou Dona Benta,acharan-se pontas de flexas e de lanças e também machados.Não de ferro como os de hoje,mas de pedra.Poderiam esses objetos provar a existência naqueles tempos,de leões,jacarés ou avestruzes?
(cont.amanhã)

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Começo do mundo (cont)

- E mais antes ainda não havia nem plantas,aposto! - gritou Pedrinho erguendo o dedo.
- Isso mesmo - confirmou Dona Benta.Mais antes ainda,não havia no mundo nem gente,nem animais,nem plantas.Só havia rochas e águas.Pedra e água - só só só.O que não era água era pedra,e o que não era pedra era água.
- E antes desse tempo,vovó?
- Antes,muito,antes desse tempo,não havia nada,porque não havia mundo - o nosso mundo.Havia entretanto,estrelas no espaço,isto é,enormes massas de fogo - enormes bolas de metais derretidas,refervendo.O sol,este nosso sol de todos os dias,era uma das tais estrêlas.
Mas naquele tempo o sol não se apresentava tão sossegado como o vemos hoje.Estava ainda num periodo de tremenda fervura,com explosões de tal vilência que por várias vezes enormes espirros da sua massa de fogo se despregavam,eram arremessadas a grandes distâncias e ficavam no espaço,girando sózinhos,como se fossem outros tantos astros novos.

 
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