Incluí a meta tag na página inicial de http://www.reinaldofb.blogspot.com/. Crie o arquivo HTML de comprovação de titularidade especificado a seguir e faça upload em http://www.reinaldofb.blogspot.com/. google5a03c6a6fa4cba7b.html 1. Criei um arquivo vazio com o nome google5a03c6a6fa4cba7b.html. 2. Fiz upload do arquivo para http://www.reinaldofb.blogspot.com/ e consigo ver o http://www.reinaldofb.blogspot.com/google5a03c6a6fa4cba7b.html no meu navegador. O esperançoso: 02/01/2009 - 03/01/2009

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Popozão na Sapucai


Carnaval sem cobertura trash não tem graça – e a Rede TV! está aí para alegrar as noites de quem não aguenta ver desfile de escola de samba pela televisão. “Bastidores do Carnaval 2009”, comandado por Nelson Rubens, cumpre com honra e mérito o papel de atração lixo das noites de festa. Uma diversão só. Alguns flashes:
A repórter aproxima-se de uma passista da Portela na concentração. A câmera percorre o corpo da mulata, com aquela sutileza típica, e detem-se onde interessa. A repórter, então, pede: “Mostra o seu pandeiro, Alice”. E a passista se vira, rebolando e mostrando o seu “pandeiro”.
Longa entrevista com Myriam Martin, falando do seu relacionamento com Jayder – “foram três meses, mas pareceram três anos”. Quem é Myriam Martin? Recorro ao Google – é a Rosinha de “Zorra Total”. “Jayder é muito querido”, “Jayder é um grande incentivador cultural”… Mas quem é Jayder? Volto ao Google. Trata-se de Jayder Soares, presidente de honra da Grande Rio – patrono de várias estrelas globais.
“Olha que popozão tem essa menina!!!”, exclama a repórter, na concentração. “O segredo desse popozão é comer muita gordura”, explica a passista. “Gente, dá licença”, avisa a repórter, antes de enfiar o dedo no “popozão”. “Gente, é durinho!!!”, constata.
Corta para uma entrevista com Valeska, integrante da Gaiola das Popozudas – não me peça para ir ao Google buscar explicação para isso, por favor. Valeska é do funk, mas diz que se deu bem no samba, na avenida. “Fiz tremidinha no bumbum”, explica. E a repórter pede para ela mostrar como se faz isso – o que Valeska faz com prazer.
Nelson Rubens, com seu “ok, ok, ok”, lidera a equipe da Rede TV, que traz também  uma repórter chamada Tatiana Apocalipse, um entrevistador gago, David Brazil, e uma drag queen, Leo Áquila. O patrocínio do programa é de uma marca de camisinha chamada Gozzi, mas o melhor é a incrível publicidade do digestivo Eparema, no qual três atores aparecem dançando, fantasiados de pedaço de pizza, coxinha e cachorro quente em tamanho natural.

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quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Plano Obama


Concluídas as negociações do plano Obama no Congresso americano, ficamos na expectativa de sua execução. A coisa saiu um pouco diferente do que o novo presidente queria – menos dinheiro para os pobres, mais, via maior renúncia fiscal para os menos pobres –, mas, no fim das contas, salvaram-se os dedos. Agora, a bola volta para Obama.
Não será um passeio na brisa da primavera. Antes de tudo porque do bolo de quase oito centenas de bilhões de dólares nem tudo é recurso firme. O plano, com o perdão da comparação, é uma espécie de PAC. Além de projetos públicos e de renúncias fiscais, tem muito de intenção e, também, de expectativa de aporte de dinheiro privado.
Enrolado mesmo está o outro plano de Obama, que está sendo cozinhado em público pelo secretário do Tesouro, Timothy Geithner. Ficou claro na reação dos mercados que o ceticismo sobre o plano Geithner de “saneamento” dos bancos não se deve aos valores envolvidos. Há um consenso de que US$ 1,5 trilhão, US$ 2 trilhões ou US$ 2,5 trilhões é dinheiro que não acaba. A dúvida, como no caso do plano geral de Obama, está na execução.
 
Ainda que faltem detalhes, dá para perceber que a solução escolhida pelo governo Obama, para os problemas do sistema financeira, é uma volta ao mundo sem sair do lugar. É visível que se trata de um esforço para evitar uma estatização pura e simples dos bancos insolventes. A primeira impressão é de que será um esforço inútil.
 
Defendida por gente de peso como os ganhadores do Nobel Joseph Stiglitz e Paul Krugman, sem falar no ‘novo guru’ dos mercados, Nouriel Roubini, a estatização, na visão deles, é uma solução mais rápida, mais eficaz e, no fim das contas, menos custosa para os contribuintes.
O plano Geithner é uma tentativa de atrair investidores privados para um negócio garantido pelo governo, mas nem por isso sem risco. O risco deriva de uma série de perguntas ainda sem respostas: qual o volume e quanto valem os ativos podres? Quem vai fixar o preço e como?  Quem garante que, apesar de todas as garantias, ainda assim o investimento nos papéis podres não será um novo mico?
Em nova sessão no Congresso, ontem, pressionado pelos parlamentares, Geithner continuou sem oferecer as respostas convincentes. Talvez ele não queira – ou não possa dizer – que é só uma questão de tempo a deglutição pública dos ativos podres, via estatização. 

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sábado, 7 de fevereiro de 2009

Facismo


 

A imprensa internacional dedica atenção especial ao perigoso viés que começam a tomar as políticas de combate à crise econômica internacional. O fantasma do protecionismo, que se materializou no Senado dos Estados Unidos durante a votação do plano de emergência proposto pelo presidente Barack Obama, repete suas aparições em outras partes do mundo e se manifesta na forma de preconceito social através de uma iniciativa do governo italiano.

Por enquanto, a imprensa brasileira apenas observa, reproduz comentários, mas evita entrar firme no assunto.

A cláusula inserida pelo Senado americano na proposta original de Obama, que ficou conhecida como "Compre América", impunha restrições ao uso de aço e outros produtos de origem estrangeira em obras e projetos financiados pelo pacote de ajuda do governo.

Após os protestos de Obama, que alertou os parlamentares para o risco da deflagração de uma guerra comercial, o Senado abrandou o texto, adequando-o aos termos dos acordos internacionais dos quais os Estados Unidos são signatários. Mas a norma ainda provoca muitas restrições ao comércio entre nações, prejudicando o Brasil e outros países.

Rabo encolhido

Um dos riscos das práticas comerciais protecionistas é que elas estimulam a xenofobia, rompem a corrente de solidariedade sem a qual não se poderá superar a crise econômica, e despertam os piores instintos da sociedade. Tem esse sentido a greve realizada por empregados de uma refinaria na Inglaterra, que pretendiam impedir a contratação de funcionários estrangeiros.

Mas o caso mais grave acontece na Itália, onde o governo do primeiro-ministro Silvio Berlusconi quer estimular os médicos a denunciar pacientes que sejam imigrantes em situação irregular. Pior: o governo italiano autoriza a criação de "patrulhas de cidadãos" para supostamente controlar a segurança nas ruas. Tudo muito parecido com as milícias fascistas que perseguiam opositores, judeus, homossexuais e outros desafetos do regime de Mussolini.

A imprensa brasileira ainda não deu muita atenção a esses sinais de deterioração das relações entre as nacionalidades. Eventualmente, quando cidadãos brasileiros são maltratados em aeroportos da Europa, os jornais levantam a questão do preconceito, mas de modo geral evitam aprofundar o debate sobre a origem desses abusos.

Quando o Brasil tem disputa com países mais pobres, como aconteceu com o Equador e a Bolívia, a imprensa se enche de nacionalismo e cobra ações enérgicas. Quando a disputa ocorre com países da Europa, a imprensa brasileira encolhe o rabo e assume o complexo de vira-lata

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segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Mulher bomba


Como montar uma mulher-bomba

Nas palavras de Luciana Pessanha, “woman bombing é um misto de ciência e esporte radical que consiste em pegar uma mulher normal e ir enlouquecendo-a progressivamente, até que ela exploda”. Num livro bem-humorado, divertido da primeira à última página, Luciana relata uma série de embates amorosos, nos quais os homens exibem diferentes conhecimentos, técnicas e armas no esforço de levar uma mulher à explosão.
“Como montar uma mulher-bomba” (Rocco, 112 págs., R$ 19) é um livro útil para ambos os sexos, em qualquer situação. Como diz o subtítulo, “manual prático para terroristas emocionais”, os seus ensinamentos servem tanto para homens interessados em aprender técnicas infalíveis de enlouquecer uma mulher quanto para aqueles dispostos a evitar isso. E tanto para mulheres dispostas a entender como caem em certas armadilhas quanto para as interessadas em explodir com toda a força e violência.
Luciana conta várias histórias absurdas, engraçadíssimas, baseadas em fatos reais, segundo ela, de embates entre machos e fêmeas que sempre terminam mal. Os seus personagens são, de um modo geral, homens especializados em, aos poucos, deixar uma mulher louca e mulheres que parecem ignorar as maquinações masculinas até o dia em que explodem.
Em quase todas as histórias, o ponto de ativação da mulher-bomba é alcançado quando o homem, confrontado com alguma de suas armações, afirma, perguntando: “Você tá louca?” Essa é a senha clássica para a explosão feminina, seja em público (com vexames notórios), seja em particular (com danos físicos e materiais variados).
O homem especializado em causar explosões femininas é apelidado por Luciana de “womanbomber”. É preciso diferenciá-lo, diz a autora, do “praticante de sadomasoquismo e do libertino”, que são movidos por interesses mais egoístas. A explosão que o “womanbomber” provoca numa mulher causa sempre destruição dos dois lados – o que prova, para autora, que levar uma mulher à explosão é “um ato de amor”.
Se você, homem ou mulher, conhece alguma técnica infalível de montar uma mulher-bomba, pode contar, que eu encaminho para a Luciana.

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