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sábado, 27 de junho de 2009

Os beneficios da Própolis

A própolis, vem sendo, um grande "achado", na cura de várias doenças. Na época do inverno, é usada com maior freqüência, em diversos países;
Pessoas com problemas respiratórios e alérgicos, são as que mais utilizam os "poderes" da própolis, sabendo-se que a mesma é um antibiótico natural.
Possui um valor nutricional direto, pois compreendem pequenas quantidades de proteínas, aminoácidos, refrigerantes e açucares e vitaminas (A, B1, B2, B6, C e E ).
A Própolis está sendo usada por seres humanos como terapêutico, tendo seu quadro farmacológico entendido à grandes áreas da saúde.
Para consumo humano é extraída de colméias construídas de madeira, onde o produto bruto, em seguida sofre um processamento secundário para a remoção do beewax e outras impurezas antes de ser aproveitado para os mais diversos fins dentro da área homeopática de saúde.

Propriedades Terapêuticas - Ação antimicrobiana: devido sua forte ação antimicrobiana, a própolis é utilizada como "antibiótico natural".
Vários estudos realizados mostram que a própolis possui grande eficiência contra microorganismos.

Ação Cardiovascular

A própolis tem ação redutora na pressão arterial e produz um efeito calmante. Os Dihydroflavonoides contidos na própolis auxiliam combate à hipertensão e também tem se mostrado eficiente na proteção do fígado contra os efeitos do álcool e tetraclorídricos.


Ação no tratamento dentário

A Própolis também é muito utilizada para tratamentos dentários. Atuando como uma proteção no esmalte dos dentes, bem como um grande analgésico.Diluída em água e com seu uso feito através de bochechos, ela reduz o crescimento e promove a prevenção de cáries. Também é bastante recomendada para o tratamento de gengivites reduzindo as hemorragias e proporcionando ajuda na remoção da placa bacteriana.

Ação no Sistema respiratório

A própolis também mostrou efeitos positivos nos tratamentos de bronquites crônicas, renites alérgicas, faringites, rinofaringolaringites, faringolaringites e formação de catarros, atuando como expectorante natural.

Descrição

O processo de elaboração da própolis inicia-se da seguinte maneira:
As abelhas captam, extraindo de diversos lugares e locais (arvores, arbustos, flores, brotos e troncos) uma substância resinada chamada própolis.
As abelhas carregam a própolis em suas patas traseiras para suas colméias onde é combinada com uma outra substância produzida pelas abelhas o "beewax".

Esse material produzido pelas abelhas operárias é usado como um selante e esterilizador da colméia. Esta combinação tem propriedades antibactericidas e produzem efeitos fungicidas que servem para proteger a colméia contra doenças e agentes climáticos.

A própolis em seu atual estado bruto na colméia, serve também para impedir o surgimento de bactérias como o Bacilus larvas que é fatal para as abelhas.
Isso significa que a própolis é uma substância vital na colméia, agindo como um importante sistema de defesa da comunidade.

OBS: SE VOCÊ FOR COMPRAR A PRÓPOLIS, COMPRE PRÓPOLIS SOLUÇÃO, NÃO COMPRE PRÓPOLIS MISTURADA, SEJA COM MEL OU COM OUTRO PRODUTO NATURAL.

A história do uso da Própolis

A palavra própolis vem do Grego - profissional (antes de) e polis (cidade), referindo-se à observação dos apicultores de tempo antigos que notaram que por diversas as abelhas construíam uma pequena parede de própolis para se protegerem na entrada dianteira de suas colméias que geralmente ficavam a frente (antes da - cidade) das colônias dos apicultores.

A própolis vem sendo usada pelo homem desde os tempos mais remotos, para vários propósitos e especialmente na medicina por causa de suas propriedades antimicrobianas.
Antigos textos gregos referem-se à substancia como um "curador para hematomas e chagas supuradas", e em Roma, a própolis foi usada como emplastros para os mais diversos fins.

A palavra própolis em dialeto hebraico é TZORI, e as propriedades terapêuticas de tzori estão mencionadas por todo Velho Testamento.
Registros europeus datados do século 12 descrevem preparados que tinham como sua base principal a própolis para tratamento da boca, infecções de garganta e tratamento de cáries dentárias.

Produção e Consumo

Os maiores produtores de própolis no mundo incluem a China, o Brasil, EUA, Austrália e Uruguai.
São tratadas por mês cerca de 200 toneladas de própolis finais para consumo mundial.
O Japão é um dos maiores consumidores de própolis como complemento alimentar. Na Nova Zelândia o consumo anual de própolis é de aproximadamente 9.9 milhões de doses diárias.

Composição

Pelo Menos 180 compostos diferentes foram identificados até agora na própolis. Uma lista das substâncias encontradas na própolis estão descritas no tabela abaixo:

Classe de Composto Substâncias encontradas Quantidade
Resinas flavonoides, ácidos do phenolicos e esteros 45-55%
Ceras e Ácidos Gordurosos beewax e elementos de origem das plantas 25-35%
Elemento Essencial Lubrificante voláteis 10%
Pólen (16 tipos de proteínas liberam os amino ácidos >1%), arginine e proline juntos 46% de total 5%
Outros elementos orgânicos e refrigerantes 14 traços de elementos refrigerantes. Ferro e zinco os mais comuns; ketones, lactones, quinones, esteróides, ácido do benzoico, vitaminas, açúcares 5%

Elementos ativos farmacologicamente importantes existentes na própolis são as flavonas, flavonol e flavanona (coletivamente chamados de flavonóides), e vários fenólicos.

Flavonóides
Pelo menos 38 tipo de flavonóides são encontrados na própolis, incluindo o galangin, kaempferol, quercetin, pinocembrin, artepean e crisin.
Entre os fenólicos existentes estão o álcool cinnamye, ácido anamico ou fenílico.

A composição química da própolis é bastante variável devido às variedades de
vegetação existente que contém pólen e também as diversas espécies de abelhas cultivadas para a produção da substância .
Existem cerca de 67 espécies de plantas principais que servem para a extração da própolis, como álamos, alders e bétulas castanha e cinza, vários prunus e salgueiros.
Algumas propriedades da própolis, como os açúcares dependem do metabolismo das abelhas.

Já está comprovado o uso da própolis, como antibacteriano em várias doenças, como:

Gripe Mortalidade reduzida Serkedjieva, 1992 e outros
doença de Newcastle vírus afetado em sua reprodução Al do et De Maksimova-Todorova, 1985
Víroses
Herpes Inibição em vitro Sosnowski, 1984
Vírus Do Batata Eficaz Fahmy e Omar, 1989

Ação anti-cancerígena

Desde 1992 vem sendo realizados estudos in vitro com a própolis para o combate e inibição do aumento do carcinoma de câncer de útero.
Também houve bons resultados em estudos in vitro com ratos contra células de câncer de ovário, peito carcinoma, câncer de colo, pulmão e de estômago.
A substância reagente já foi isolada na própolis é conhecida como Artepellin C.

Ação anti-oxidante

Estudos datados de 1980 comprovam que a própolis possui um poderoso anti-oxidante natural, que mostra-se capaz de liberar radicais que protegem os lipídios e compostos vitamínicos como o "C" de ser oxidado ou destruído no organismo humano.
É provável que esta oxidação /destruição seja responsável em grande parte por doenças cardiovasculares, artrite, câncer, diabetes, mal de Parkinson e doença de Alzheimer.

Efeitos cicatrizantes e reparadores do tecido humano


A Própolis tem se mostrado um grande estimulante para diversas enzimas do corpo humano responsáveis pelo metabolismo, circulação sanguínea e formação de colágeno, assim como melhorar na recuperação de feridas provocadas por queimaduras.
Estes resultados satisfatórios neste tipo de tratamento é devido a presença de uma substância encontrada na própolis (arginine)

Ação anestésica

Alguns agentes contidos na própolis propiciam efeito anestésico. Isso explica por que é usada há séculos no tratamento de dores de garganta e feridas de qualquer grandeza.
Também é amplamente utilizada no tratamento dentário como anestésico em forma de pomadas desde 1984.

Ação no sistema imunológico

Estudos realizados no Japão mostram que a própolis ajuda a aumentar o sistema imunológico dos seres humanos, ativando células imunológicas que produzem citocinas.
Isso ajuda a explicar o efeito que a própolis produz na redução de tumores e também como coadjuvante natural na repressão do vírus HIV.

Ação no Sistema respiratório

A própolis também mostrou efeitos positivos nos tratamentos de bronquites crônicas, renites alérgicas, faringites, rinofaringolaringites, faringolaringites e formação de catarros, atuando como expectorante natural.

Contra indicações

A própolis não apresenta contra indicações em seres humanos e animais desde
que ministrados em quantidade correta.
São raríssimas as reações adversas para o uso da própolis que estão documentadas na literatura mundial, e o produto é considerado pela medicina desde os tempos remotos como um agente muito benéfico para a saúde.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Uso do Botox

09/06/2009 - 15:00
Após 23 anos, Autraliano volta a andar após aplicação de BOTOX
No Brasil, uso terapêutico do BOTOX já é aprovado há 17 anos

A BBC Brasil noticiou este final de semana o caso de um australiano, vítima de derrame (Acidente Vascular Cerebral - AVC), que passou 23 anos locomovendo-se apenas com uma cadeira de rodas, mas conseguiu voltar a andar após receber tratamento com toxina botulínica tipo A, mais conhecida pelo nome comercial BOTOX®.

Casos como o de Russel McPhee são muito mais comuns do que se imagina. Exemplo disso é o da aposentada Odila Petrato, de 58 anos. Em 2007 ela sofreu um AVC isquêmico e desenvolveu sequelas motoras que prejudicaram sua mobilidade, entre elas, a espasticidade. Após tratamentos de reabilitação, que envolveram também a aplicação do Botox, Odila recuperou boa parte de sua qualidade de vida. Desde o AVC, ela usava cadeira de rodas para se locomover, mas após a reabilitação, ela evoluiu muito bem e hoje consegue andar apenas com a ajuda de bengala.

Muitas pessoas sabem dos usos cosméticos da toxina botulínica tipo A (BOTOX®), mas um número maior ainda de pessoas se beneficia ou pode se beneficiar de suas indicações terapêuticas, inclusive no Brasil.

Por aqui, a ANVISA aprova o uso do medicamento para estrabismo, distonias (contrações involuntárias dos músculos), espasticidade (rigidez muscular excessiva que compromete a mobilidade de pacientes vítimas de AVC, traumatismo craniano, esclerose múltipla, lesão medular, crianças com paralisia cerebral) e Bexiga Hiperativa Neurogênica, este último aprovado em janeiro deste ano no País.

No caso do paciente australiano e da dona Odila, ambos possuem espasticidade por conta do derrame. A espasticidade se caracteriza pelo aumento do tônus muscular e pela rigidez excessiva de contração dos músculos. Os sintomas variam desde uma leve contração até uma deformidade severa, que afeta a mobilidade e a qualidade de vida dos pacientes, limitando atividades simples do dia-dia, como comer, vestir-se, andar, escovar os dentes, entre outras.

Aplicada diretamente nos músculos comprometidos, a toxina botulínica promove um relaxamento e bloqueia a atividade motora involuntária, o que reduz a dor, aumenta a amplitude dos movimentos e melhora consideravelmente a qualidade de vida.

“É importante saber que a aplicação da toxina botulínica é parte de um tratamento multidisciplinar que envolve neurologistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, ortopedistas, entre outros profissionais”, destaca o fisiatra Dr. Sérgio Lianza, professor da Faculdade de Ciências Médicas Santa Casa. O relaxamento da musculatura e a melhora na movimentação são fundamentais em todas as etapas da reabilitação – permitem que o fisioterapeuta maneje os membros afetados, por exemplo.

É importante ressaltar que o tratamento terapêutico com a toxina botulínica é disponibilizado pelo SUS (Sistema Público de Saúde) em hospitais de todo o país e o medicamento é reembolsado pelos planos de saúde (de acordo com a Lei 9656/98).

Fonte:
Aline Marques
Burson Marsteller
HealthCare

sábado, 20 de junho de 2009

O poder do olhar

Os olhos são portais da alma! Neste mundo, onde as pessoas vivem representando personagens, muitas vezes bem diferentes do que realmente são, o olhar jamais as deixa mentir...

Ultimamente, tenho pensado muito nisto e procurado observar mais atentamente o que os olhos que me fitam me dizem. Inúmeras vezes, percebo que refletem tanta tristeza, profundo pesar, enquanto os lábios forçam um riso fingido e as palavras tentam demonstrar alegria.

Os olhos não mentem jamais. É através deles que o amor verdadeiro se expressa, mesmo que o momento seja inconveniente. A mágoa transparece, apesar do perdão pronunciado. A tristeza inunda o ambiente de uma névoa pesada, mesmo que se esteja numa festa. Tudo isto porque a nossa essência nos rege, apesar de nosso ego teimar em viver afastado dela, muitas vezes procurando copiar a vida de outros, a moda, tentando levar uma vida mais voltada para as coisas práticas e materiais.
Os nossos olhos falam. Uma linguagem mais verdadeira, dificilmente expressa por palavras. E nos contradizem completamente, quando não estamos sendo verdadeiros.
Através do olhar, amores de outras encarnações se reconhecem, embriagando-se no aconchego carinhoso e inexplicável de um instante mágico e eterno. Amor à primeira vista... Encontro de antigos amantes que se reconhecem num instante fugaz, intraduzível e inexplicável!

Os olhos abençoam, amenizam a dor do outro, levam paz e alegria, mas também podem fazer muito mal, quando saturados de ódio, de raiva, de inveja.
É importante olhar... Quando alguém nos fala, quando alguém diz que nos ama, quando alguém nos conta algo, olhar cuidadosamente nos olhos nos transporta para algum lugar talvez muito diferente do que aquele para o qual as palavras estão tentando nos conduzir.
Mentir, trapacear é até fácil. Há pessoas que são mestras nisto. Mas mascarar um olhar é impossível!

Os encontros eternos se iniciam com um olhar... Instala-se, então, um saber interior, que a razão jamais poderá explicar e que perdura, independente das circunstâncias.
Qual de nós se esquece de um olhar amoroso recebido de alguém? Aquela sensação gostosa, cálida, sempre será revivida, quando recordada.
Existe nada mais terrível do que um olhar de ódio, quando nos é dirigido? Um olhar de crítica? De menosprezo?

Enfim, é bom nos lembrarmos de que as bocas podem mentir, mas os olhos as desmentem e revelam o que nossas almas sentem!

Texto revisado por: Cris

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Tratamento da paralisia cerebral com a bola suiça

O objetivo do ser humano é ficar em pé contra a gravidade e realizar atividades funcionais do
dia-a-dia, e para isso precisa do controle postural. A criança com Paralisia Cerebral apresenta
atraso na aquisição do controle postural normal, devido a uma série de características
específicas. Frente a esse problema, este estudo foi constituído de uma pesquisa experimental
do tipo estudo de caso, realizado na instituição da APAE do município de Tubarão – SC, nos
meses de agosto e setembro do ano de 2006, cinco vezes por semana, com duração de
sessenta minutos cada, totalizando vinte e dois atendimentos; onde se executou um programa
de atividades com a bola suíça e brinquedos, num ambiente lúdico, em uma criança portadora
de PC por Citomegalovirose Congênita, estimulando precocemente, a fim de facilitar os
movimentos motores e inibir os movimentos e posturas anormais, promovendo melhora no
Mecanismo do Controle Postural. Para tal, foi utilizado uma ficha de avaliação
fisioterapêutica de Neuropediatria, aplicada no início e no fim dos atendimentos, e o
armazenamento dos dados foi realizado por meio de fotos da evolução diária do MCPN desta
criança. No processo de análise qualitativa dos dados e considerações, observou-se ao final de
quatro semanas de tratamento diário, uma melhora no quadro do MCPN (quanto às reações de
retificação, equilíbrio e endireitamento; às posturas sentadas, de gatas e de pé), principalmente
associadas às atividades de preensão palmar e as bimanuais. Conclui-se que atividades com a
bola suíça e brinquedos, podem interferir na atividade reflexa postural desta paciente na fase
de estimulação precoce, propiciando uma melhora na qualidade funcional da postura e do
movimento, de forma significativa em uma freqüência maior de atendimentos semanais.
Palavras-chave: Paralisia Cerebral, Mecanismo do Controle Postural Normal, Bola Suíça,
Brinquedos.
ABSTRACT
The objective of human being is to be on foot against gravity and to realize functional daily
activities, and for this it’s necessary postural control. Child with Cerebral Palsy shows a delay
in normal postural control’s acquisition, due to series of specific characteristics. In front of
this problem, this study was consisted of na experimental research of type of study of case,
realized at institution of APAE of Tubarão – SC, during months of august and september,
2006, five times per week, with duration of sixty minutes each one, totalling twenty two
attendances; where it was executed a program of activities with fit ball and toys, at a play
environment, in a Cerebral Palsy carrier child for congenital cytomegalovirus, stimulating in a
precociuos way, with the aim to facilitate motor movements and to inhibit anormal
movements and postures, promoting an improvement of Mechanism of Postural Control. For
this, it was used a physiotherapic evaluating register of Neuropediatrics, that was applicated in
the beginning and in the end of attendances, and the dates’ storage was realized through
pictures of daily evolution of this child’s NMPC. In process of qualitative analysis of dates
and considerations, it was observed that in the end of four weeks of daily treatment, na
improvement of Normal Mechanism of Postural Control (about reactions of rectification,
balance and straightenment; about seating, creeping and on the floor postures), principally
wuehn associated to activities of palm prehension and bimanual. It’s concluded that activities
with fit ball and toys, can interfere in reflex postural activity in this pacient in stage of
precocious stimulation, propitiating an improvement in functional quality of posture and
movement, in a significative form and in a larger frequency of attendances per week.
Key-words: Cerebral Palsy, Normal Mechanism of Postural Control, Fit ball, Toys.
INTRODUÇÃO
O termo paralisia cerebral (PC) é usado para definir qualquer desordem
caracterizada por alteração do movimento secundária a uma lesão não progressiva do cérebro
em desenvolvimento. O desenvolvimento do cérebro tem início logo após a concepção e
continua após o nascimento. Ocorrendo qualquer fator agressivo ao tecido cerebral antes,
durante ou após o parto, as áreas mais atingidas terão a função prejudicada e, dependendo da
importância da agressão, certas alterações serão permanentes caracterizando uma lesão não
progressiva. O tipo de alteração do movimento observado está relacionado com a localização
da lesão no cérebro e a gravidade das alterações depende da extensão da lesão, afirma Mancini
(2003).
De acordo com Ratliffe (2000), uma criança com PC pode apresentar alterações
que variam desde leve incoordenação dos movimentos ou uma maneira diferente para andar ou
até inabilidade para segurar um objeto, falar ou deglutir. Estas alterações modificam o
desenvolvimento e o Mecanismo do Controle Postural Normal (MCPN) do portador de
Paralisia Cerebral, sinais precoces que chamam a atenção para a necessidade de avaliações
mais detalhadas e acompanhamento neurológico.
Dentre as várias características clínicas dos indivíduos com Paralisia Cerebral,
encontra-se o atraso das aquisições motoras, que tem como conseqüência o retardo do
Mecanismo do Controle Postural Normal.
Há várias alterações que retardam este desenvolvimento, uma das principais é o
tônus muscular anormal que pode estar aumentado (hipertonia) ou diminuído (hipotonia),
apresentando uma alteração na resistência aos movimentos passivos e ativos. Outras alterações
como o atraso do desaparecimento de alguns reflexos, como o de Moro, RTCA, por exemplo,
é resultante no atraso do Mecanismo do Controle Postural Normal, cita Medeiros (2003).
O autor ainda afirma que um grande número de crianças com paralisia cerebral
apresenta dificuldades para a realização das atividades da vida diária (AVDs) e, dependendo
do grau das limitações motoras, técnicas de execução, adaptações, e o uso de dispositivos
especiais poderão favorecer o desempenho nessas atividades
A fisioterapia evoluiu muito nos últimos anos, hoje existem várias áreas que o
profissional pode atuar, uma delas é a fisioterapia realizada em crianças.
Na área de pediatria, a fisioterapia dispõe de uma série de técnicas a serem
aplicadas, favorecendo o bem estar geral e o crescimento como pessoa em um ambiente
lúdico, a bola suíça e os brinquedos são uma dessas técnicas.
A bola suíça é um instrumento terapêutico muito utilizado na área da fisioterapia. É
um conceito neuroevolutivo, que busca solucionar problemas, otimizando as funções do
paciente consigo mesmo e com seu meio. Ela adapta-se a qualquer tipo de criança dando-lhes
motivação para realizar as atividades com entusiasmo, conseqüentemente ajudando a
recuperar-se mais rapidamente, segundo Carrière, (1999).
A autora ainda cita que a bola suíça auxilia de uma forma geral o bem estar do
paciente, dando-lhe motivação e incentivo ao realizar uma tarefa, já que é um instrumento de
cores vivas e alegres. Cabe ressaltar que a bola suíça possibilita o apoio seguro e eficiente das
mãos de quem está sendo tratado, proporcionando ao terapeuta melhor e maior chance de
alcançar a excelência no manuseio com as crianças.
Entendemos que o brincar seja a função básica da criança, pois, brincando ela
explora, descobre, aprende, apreende o mundo a sua volta e que numa situação de limitações
patológicas, toda sua rotina de vida é modificada.
O brincar é um processo pelo qual a criança se adapta ao ambiente ou adapta o
ambiente à sua vontade. Este processo pode ser sensório-motor, social-emocional, lingüístico
ou cognitivo, e pode ser realizado por vários métodos, como por exemplo, pela exploração,
repetição, reprodução ou transformação. Tudo isto é valorizado pela motivação, que inclui a
novidade, a escolha de objetos que sejam irresistíveis, mas não opressivos, e, assim, requer um
planejamento terapêutico e o acesso a uma sala com um bom estoque de brinquedos que a
estimulem, de acordo com Lorenzini, (2002).
Sendo a bola suíça útil no tratamento de pacientes em todas as áreas da
fisioterapia, incluindo a área pediátrica, assim como os brinquedos que realizam um papel
fundamental na estimulação da criança, indaga-se neste estudo: quais os benefícios da bola
suíça e dos brinquedos no mecanismo do controle postural normal (MCPN) através de
criança com Paralisia Cerebral?
Neste trabalho, o objetivo geral é analisar os efeitos da utilização de bolas suíças e
brinquedos no MCPN de uma criança com Paralisia Cerebral atendida na estimulação precoce
da APAE do município de Tubarão - SC. Esta pesquisa tem como objetivos específicos,
verificar a resposta nas reações de retificação, equilíbrio e proteção; verificar a resposta do
controle das posturas (sentada, de gatas, de pé), a resposta do tônus postural, pois, estes itens
têm importância fundamental no Mecanismo do Controle Postural Normal e verificar a
resposta nas preensões palmares e na atividade bimanual, pois estas eram umas das queixas
principais, após a intervenção fisioterapêutica. Este estudo foi constituído de uma pesquisa
experimental do tipo estudo de caso.
A criança deficiente representa um tipo de desenvolvimento qualitativamente
diferente e único, ela o faz de outra maneira, por outro percurso e é particularmente importante
estar ciente da singularidade, que transforma o menos da deficiência no mais da compensação,
alterando todo o MCPN.
A alta incidência de crianças com paralisia cerebral e o seu alto grau no atraso da
aquisição do Mecanismo do Controle Postural Normal (MCPN) despertou o interesse em
pesquisar o tratamento com bola suíça e com brinquedos em relação a este atraso em uma
criança em idade de estimulação motora (pré escolar) justificando assim a importância desta.
As crianças com Paralisia Cerebral apresentam atraso da aquisição do MCPN,
devido há uma série de características específicas, isto gera retardos posturais, como ajuste
precário das reações de retificação, proteção e equilíbrio. Então, visto que, este atraso pode
causar uma série de prejuízos à criança portadora da PC, é de suma importância para a
fisioterapia investigar se o tratamento com a bola suíça e os brinquedos melhora este quadro.
Diante dos fatos, percebe-se que a bola suíça é uma excelente criação terapêutica
ocupacional, assim como os brinquedos que além de motivar a criança ao aprendizado motor,
estimula a criatividade do terapeuta, possibilitando uma utilização inovadora e variada, para
diferentes atividades, dentro de um ambiente lúdico.
DESCRIÇÃO DO CASO
A pesquisa abrangeu uma criança com Paralisia Cerebral por Citomegalovirose
congênita, do sexo feminino K.S.A., com três anos de idade, com diagnóstico fisioterapêutico
de Paralisia Cerebral quadriplégica espástica moderada, atraso no desenvolvimento
neuropsicomotor com défict no Mecanismo do Controle Postural Normal, tendo dependência
total dos pais, matriculada na APAE de Tubarão-SC, residente nesta cidade. A criança foi
avaliada e submetida à pesquisa na instituição da APAE de Tubarão-SC, com o devido
consentimento dos pais. Foram realizados cinco atendimentos semanais, segunda, terça,
quarta, quinta e sexta-feira, com duração de 60 minutos cada, totalizando 22 atendimentos, nos
meses de agosto e setembro do ano de dois mil e seis.
A escolha do estudo de caso foi justificada pela disposição do tempo e para que
houvesse um melhor atendimento individual.
A amostra foi selecionada obedecendo aos seguintes critérios:
1 Preenchimento do termo de consentimento e adesão da pesquisa,
2 Comprovação da Paralisia cerebral por citomegalovirose congênita, e do atraso
no Mecanismo Postural Normal através do diagnóstico médico e preenchimento da ficha de
avaliação de Neuropediatria;
Para a realização desta pesquisa, foram utilizados como instrumentos de coleta de
dados: a bola suíça, brinquedos e ficha de avaliação utilizada no estágio supervisionado em
Neuropediatria na APAE e a máquina digital da marca Olympus®.
Primeiramente foi realizada a avaliação através da ficha de Avaliação de
Neuropediatria. Os exercícios foram específicos para treino postural, equilíbrio e preparo para
as transições de posturas, de acordo com o protocolo de Benati et al (1990) para estimulação
precoce. Os exercícios foram realizados de forma passiva, ativa assistida e ativa livre, com
adaptações necessárias para a paciente. O tamanho da bola bipolar utilizada foi de 30 cm, e os
brinquedos utilizados foram os comuns nas brincadeiras das crianças, como bonecos, ursos de
pelúcia, chocalhos, entre outros (Fig 1, 2, 3).
Figura 1: bola bipolar 30 cm Figura 2: cavalinho Figura 3: brinquedos
Foram realizados vinte e dois atendimentos, com duração de 60 minutos cada. No
qual o primeiro atendimento foi a avaliação da criança e o último atendimento, realizou-se a
reavaliação, utilizando os mesmos recursos da avaliação, com os resultados obtidos.
Este estudo por apresentar uma abordagem qualitativa, não obtendo dados
numéricos como resposta, optou-se por registros fotográficos para a comparação das evoluções
semanais da paciente, assim como para a análise final, ou seja, a reavaliação, observando o
“antes” e o “depois” do tratamento.
DISCUSSÃO
O desenvolvimento sensório-motor de um bebê com necessidades especiais é
estimulado se oferecermos oportunidades para que ele vivencie experiências e sensações
diversificadas e adequadas para a fase em que se encontra. Portanto, intervir precocemente é
fundamental para a reabilitação e inclusão social destas crianças.
Gabineski (2003), diz que a Estimulação Precoce deverá ser iniciada a partir do
momento que a criança for diagnosticada como bebê de risco ou portador de atraso no
desenvolvimento, onde serão estimulados as percepções sensoriais, os movimentos normais, o
rolar, o sentar, o engatinhar, a deambulação a comunicação, a socialização e a cognição.
O trabalho do Fisioterapeuta coloca-se como imprescindível na Estimulação
Precoce - direcionado a crianças de 0 a 3 anos e 11 meses com patologias orgânicas e
psíquicas (prematuros de risco, síndromes em geral, paralisia cerebral, hidrocefalia, autismo,
etc), tendo como objetivo geral promover o desenvolvimento global da criança aproximandoo
ao máximo do normal, favorecendo a manutenção e aprimoramento das funções existentes,
prevenindo vícios posturais patológicos e primando pela independência, recuperação ou
adaptação em diferentes níveis. Desta forma o presente trabalho visou estimular precocemente
uma criança portadora de Paralisia Cerebral por Citomegalovirose Congênita atarvés da
utilização da bola suíça e brinquedos no Mecanismo de Controle Postural Normal, visto que
está alterado devido a patologia
Rotta (2002), afirma que desde o Simpósio de Oxford, em 1959, a expressão PC
foi definida como "seqüela de uma agressão encefálica, que se caracteriza, primordialmente,
por um transtorno persistente, mas não invariável, do tono, da postura e do movimento, que
aparece na primeira infância e que não só é diretamente secundário a esta lesão não evolutiva
do encéfalo, senão devido, também, à influência que tal lesão exerce na maturação
neurológica". A partir dessa data, PC passou a ser conceituada como encefalopatia crônica
não evolutiva da infância que, constituindo um grupo heterogêneo, tanto do ponto de vista
etiológico quanto em relação ao quadro clínico, tem como elo comum o fato de apresentar
predominantemente sintomatologia motora, à qual se juntam, em diferentes combinações,
outros sinais e sintomas.
Em estudo com 100 crianças com PC, acompanhadas no HCPA de 1979 a 1983,
Rotta (1983) diz que foram observados fatores pré-natais em 35 casos, sendo ameaça de
aborto em 10 casos a possibilidade etiológica mais freqüente; fatores perinatais foram
relatados em 14, os principais fatores etiológicos são infecções e parasitoses (lues, rubéola,
toxoplasmose, Citomegalovírus, HIV); intoxicações (drogas, álcool, tabaco); radiações
(diagnósticas ou terapêuticas); traumatismos (direto no abdome ou queda sentada da
gestante); fatores maternos (doenças crônicas, anemia grave, desnutrição, mãe idosa).
Com base no modelo de classificação proposto pela Organização Mundial de
Saúde, Mancini (2003) cita que esta enfermidade pode apresentar conseqüências variadas. No
que se refere à função de órgãos e sistemas, a paralisia cerebral geralmente interfere no
funcionamento do sistema músculo-esquelético. Neste nível, as características associadas a
esta patologia incluem distúrbios de tônus muscular, postura e movimentação voluntária. O
comprometimento neuromotor desta doença pode envolver partes distintas do corpo,
resultando em classificações topográficas específicas (e.g., quadriplegia, hemiplegia e
diplegia). Outro tipo de classificação é a baseada nas alterações clínicas do tono muscular e
no tipo de desordem do movimento podendo produzir o tipo espástico, discinético ou atetóide,
atáxico, hipotônico e misto. A gravidade do comprometimento neuromotor de uma criança
com paralisia cerebral pode ser caracterizada como leve, moderada ou severa, baseada no
meio de locomoção da criança. Além das deficiências neuromotoras, a paralisia cerebral pode
também resultar em incapacidades, ou seja, limitações no desempenho de atividades e tarefas
do cotidiano da criança e de sua família, ou seja, atividades de auto-cuidado como conseguir
alimentar-se sozinho, tomar banho e vestir-se, ou atividades de mobilidade como ser capaz de
levantar da cama pela manhã e ir ao banheiro, jogar bola e andar de bicicleta com amigos,
além das atividades de características sociais e cognitivas como brincar com brinquedos e
com outras crianças e freqüentar a escola. Justificando a importância da estimulação precoce
para um paciente com PC em sua vida diária, principalmente no que se refere às brincadeiras,
pois esta é uma das atividades básicas da criança desta fase, onde ela descobre, aprende,
imagina, desafia, o mundo ao seu redor, refletindo diretamente em seu desenvolvimento
motor.
Pensando neste contexto, nada seria mais apropriado do que usar o lúdico no
tratamento de uma criança, logo se optou utilizar como recursos terapêuticos a bola suíça e os
brinquedos, como afirma Lorenzini (2002), quando diz que podemos concluir que a
brincadeira é um dos recursos recomendados para ajudar qualquer criança a adquirir
experiências que contribuíram para o desenvolvimento das suas habilidades. A criança
portadora de deficiência comumente não realiza aquele movimento iniciador do seu contato
com o mundo. Por meio dessa atividade, acreditamos que estaríamos contribuindo para a
construção do alicerce de seu aprendizado.
Conforme Ratliffe (2002), as atividades lúdicas são um meio para atingir os
objetivos terapêuticos. A brincadeira original não é como tirar férias da vida; é vida. O
terapeuta e a criança estão sempre crescendo e mudando. A brincadeira original não se baseia
no medo, mas em uma relação de confiança com a vida. Como um amiguinho, o terapeuta se
junta a criança de tal forma que ambos sentem-se amados, respeitados e ansiosos por explorar.
As habilidades necessárias para a brincadeira serão as curiosidades, confiança, resistência,
vigilância. A autora cita ainda que, antes que a criança chegue é necessário planejar como
utilizar o ambiente e os brinquedos para trabalhar no sentido das metas de desenvolvimento
da criança. É importante ter pelo menos um plano de reserva para a sessão de fisioterapia,
pois a criança pode não querer realizar atividade proposta. O uso criativo do equipamento e
dos brinquedos é uma habilidade muito importante. Um adjunto à flexibilidade é aprender a
usar o ambiente como instrumento de fisioterapia. Uma grande motivação para as crianças
pequenas são irmãos, pais e avós. A família pode conseguir que a criança faça alguma coisa
que o terapeuta não consegue.
Concordando com Piret e Béziers (1992) e Béziers e Hunsinger (1994), vemos que
o desequilíbrio entre as musculaturas posterior e anterior do tronco dificulta a realização de
endireitamento, torção e tensão, fundamentais para a aquisição do controle da cabeça, do
tronco e do movimento funcional dos membros. Esse conjunto de situações atrasa o
Mecanismo de Controle Postural Normal da criança.
Estudiosos, como Anderson, Hinojosa e Strauch (1987) acreditam na integração de
atividades lúdicas com o tratamento neurodesenvolvimental de crianças portadoras de
paralisia cerebral. Defendem, ainda, que os objetivos terapêuticos da incoorporação do lúdico
no tratamento são: desenvolver práticas de conhecimento e percepção específicas; promover
experiências como estímulos para padrão de movimento normal; e motivar a criança para
intervenção de apoio às necessidades normais de desenvolvimento. Dessa forma, visam
adequar o tônus postural e proporcionar padrões posturais e movimentos automáticos,
facilitando, assim, a sua participação na brincadeira, beneficiando-as no aspecto motor,
perceptivo, visual, cognitivo e social. Telg (1991) complementa afirmando que a, arte de
normalizar o tônus é brincar com ele. Se o tônus é baixo, trazê-lo para um tônus mais alto e
normalizado; se o tônus é alto, trazê-lo para o tônus mais baixo e normalizado. Assim que
obtiver um tônus mais normalizado, é necessário dar-se a reação de equilíbrio. São essas
reações de equilíbrio, rotação, tirar da linha média, que vão manter o tônus normalizado e
fazer com que o cérebro integre essas reações e mantém o tônus.
Apesar de a bola Suíça ter se tornado um instrumento terapêutico aceito, utilizada
na prática não somente nos departamentos de fisioterapia, mas entre personal trainer e
aqueles que buscam um estilo de vida saudável, têm-se certa dificuldade em encontrar
literatura especializada sobre a Bola Suíça.
Carrière (1999, p. 319), diz que “com base no meu treinamento em Londres, com
B. Bobath e K. Bobath, em 1967, integrei a bola suíça no tratamento em crianças com PC e
também na intervenção precoce para bebês com risco de atraso no desenvolvimento motor
[...]”.
As crianças portadoras de Paralisia Cerebral incluem-se neste grupo e necessitam
de um tratamento especializado integrando a bola suíça como forma de treinar habilidades
motoras, a fim de preparar o paciente para movimentos funcionais, onde o tônus anormal
possa ser inibido e os movimentos mais normais facilitados.
De acordo com a literatura é esperado que o uso da bola suíça promova melhora no
controle postural.
A bola com 30 cm de diâmetro pode ser usada para pacientes em decúbito ventral
ou sentados para desencadear reações de equilíbrio e de endireitamento, trabalho de controle
da cabeça e suporte sobre os cotovelos. Isso pode ser combinado com a transferência de peso
de um lado para outro, alcance de objetos, rolamento etc... para promover o desenvolvimento
normal. Em decúbito ventral sobre uma bola de 30 cm, o paciente pode praticar extensão
protetora dos membros superiores (CARRIÈRE, 1999).
De acordo com Carrière (1999), a boa força dos músculos, o equilíbrio e a
coordenação são necessários para dominar a tarefa, e a bola proporciona ao paciente e ao
terapeuta o feedback para o conhecimento do desempenho e dos resultados. Não é necessário
que o terapeuta diga ao paciente que ele faça tal coisa. Usando a bola, o terapeuta pode ajudar
o paciente a descobrir sozinho o que ele pode e o que ele não pode fazer e dar pistas ou
demonstrar como realizar uma tarefa.
Em nosso estudo, podemos verificar que houve melhora quanto ao controle de
tronco nas posturas, inclusive durante as atividades de preensão palmar e as bimanuais, na
solicitação dos ajustamentos automáticos da postura, a fim de produzir reações automáticas de
proteção, endireitamento e equilíbrio. Observou-se com a paciente em estudo, que quando
comparados à primeira avaliação em relação à avaliação final, houve, ganho significativo do
alinhamento e controle de tronco nas posturas, das reações corporal de retificação e de
equilíbrio, permitindo a criança adquirir as posturas sem estimular os reflexos de estiramento,
logo mantendo-as sem cair, facilitando às preensões palmares e as atividades bimanuais.
Em relação ao tônus, observou-se que a evolução apresentou-se de forma lenta,
com uma leve diminuição do tônus muscular dos flexores de tronco, de quadril e joelhos. Por
se encontrar ligado com funções de equilíbrio e com as regulações mais complexas do ato
motor, o tônus, de acordo com Fonseca (apud BELTRAME; TREMEA e CEOLIN, 2003),
assegura a repartição harmoniosa das influências facilitadoras e inibidoras do movimento.
Verificou-se que a avaliação evolutiva do Mecanismo do Controle Postural
Normal de uma criança portadora de Paralisia Cerebral, foi possível de ser realizada
efetivamente por estar, a criança, num ambiente lúdico, com brinquedos familiares.
Hoje, mais do que alguns anos, o tratamento com o uso da bola suíça, em um
ambiente lúdico, com brinquedos, proporciona ao paciente uma forma divertida, prazerosa,
transformante e segura ao realizar os exercícios, além de promover o desenvolvimento de
habilidades motoras o mais normal possível.
1ª semana de atendimento
Figura 4: Posição sentada, sem apoio
externo,MMSS com leve flexão, com bom
equilíbrio de tronco, apoiando o
MSD(antebraço) no tatame.
2a semana de atendimento
Figura 5: maior abertura da mão para pegar o
brinquedo; melhora significativa da rotação de
tronco da criança.
3ª semana de atendimento
Figura 6: Criança associando o controle de
tronco na postura sentada à atividade de
preensões palmares, segurando a orelha do
cavalinho.
4ª semana de atendimento
Figura 7: paciente pegando o brinquedo da mão
da terapeuta, Observe o alinhamento e equilibrio
postural durante a atividade.
CONCLUSÃO
Com base no presente estudo, verificou-se que, quando possível, devem-se realizar
programas de intervenção diários, de forma a possibilitar maior integração paciente –
terapeuta, gerando maior confiança da criança pela familiaridade, além do que, este estudo
mostrou que para uma criança portadora de Paralisia Cerebral, em idade de estimulação
precoce, os atendimentos mais freqüentes beneficiaram seu desenvolvimento motor de forma
mais rápida do que os atendimentos convencionais, como no completo controle nas reações de
retificação, equilíbrio e proteção, observados principalmente durante as aquisições das
posturas sentadas, de gatas e de pé, antes não executadas pela paciente. Atualmente a paciente
além de realizar estas posturas, controlando-as, consegue trabalhar suas preensões palmares
pegando objetos (brinquedos), e realizar atividades bimanuais.
Analisando que, a criança recebe atendimento fisioterapêutico duas vezes por
semana na instituição da APAE do município de Tubarão/SC, e que depois de uma
verificação de sua história nesta, foi confirmado que a mesma não possui boa assiduidade,
prejudicando assim sua evolução. Sugere-se então que o atendimento fisioterapêutico, visto
que trará benefícios à criança, deve ser realizado com mais freqüência por profissionais da
área, a fim de obter resultados significativos em curto prazo.
O estudo sobre a utilização da Bola Suíça e Brinquedos e seus benefícios no
Mecanismo do Controle Postural Normal, buscando melhorar os movimentos motores,
aumentando assim a qualidade das funções, permitiu chegar à conclusão que, a bola suíça e os
brinquedos melhoram o quadro postural de uma criança portadora de Paralisia cerebral por
Citomegalovirose congênita.
A escassez de estudos sobre o uso da bola suíça em crianças dificultam a discussão
deste trabalho, havendo uma maior necessidade de adaptações das técnicas aplicadas em
adultos.
Para maiores resultados, há necessidade de mais estudos abrangendo uma
população maior para validade científica.
Com a realização deste estudo, acredita-se ter promovido experiências novas e
agradáveis, através do contexto estimulante e motivacional que a bola suíça e os brinquedos
proporcionam, gerando melhora do controle postural e o início da atividade bimanual.
A avaliação evolutiva do desenvolvimento do controle postural, foi possível de ser realizada
efetivamente por estar, a criança, num ambiente lúdico, com brinquedos familiares.
REFERÊNCIAS
ANDERSON, J.; HINOJOSA, J.; STRAUCH, C. Integrating play in neurodevelopmental
treatment. In: The American Journal of Occupational Therapy. v. 41 n. 7. jul, 1987.
ANDRADE, J.M. Paralisias cerebrais. 1999. Disponível em: .
Acesso em: 23 abril 2006.
BELTRAME, T. S.; TREMEA, V. S.; CEOLIN, C. R. Z. A dança e o portador da síndrome
de Down. Cinergis, Santa Cruz, v. 4, n. 1, p. 39-53, jan./jun. 2003.
BENATTI, A. M.; OLIVEIRA, M. C. S.; CAMPOS, M. T. G. R.; ZANGIROLAMI, T. R.
Síndrome de Down: estimulação precoce: 0 a 6 meses. Centro de informação e Pesquisa da
Síndrome de Down. São Paulo, 1990.
_________ . Síndrome de Down: estimulação precoce: 6 a 12 meses. Centro de informação

 
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