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Paixão por carros,como time de futebol,muitas vezes passa de pai para filho.Não foi diferente com o venezuelano Alberto Moreau,56 anos,há tres no Brasil.Ele herdou o fascínio por automóveis e o gosto por catálogos de divulgação."Comecei aos 9 anos,com um Buick 1957.Quando vi,tinha uma pilha deles",diz.

Hoje,a "pillha"passa dos 40000 exemplares - 3000 no Brasil e 39000 na Venezuela,em uma sala climatizada.Aqui o robby é inusitado,mas a prática é comum lá fora - pelo e-mail anew@hotmail.com,Moreau tem contato com centenas de colecionadores americanos.

Na coleção estão desde modelos recentes até classicos.Ele está de olho,por exemplo,no catálago dc um Cadillac 1959,avaliado em 600 dólares.Uma das táticas para aumentar a coleção,hoje facilitada pela internet,é pedir diretamente às montadoras."Eu enviava carta para as empresas e recebia resposta de 40% delas",diz Moreau.Se a maioria ignorava o pedido,outras exageravam."Cheguei a ganhar um kit da Hummer com mochila e tudo."

Foi também por carta uma das histórias marcantes da coleção.Em 1999,ele pediu à Chevrolet o catálago do Corvette.A carta estava no correio da Venezuela quando um deslizamento deixou 60000 mortos.Cinco meses depois,Moreau recebeu um envelope amarrotado.Era o catálogo."Limpei e guardei como recordação.Depois pedi e recebi outro catálogo."