Obama e baixarias

A Semana

Não votaria em Obama nem para administrar um carrinho de cachorro-quente. Gerald Thomas é um dos mais destacados apoiadores da campanha de Obama. Por que digo isso? Para evidenciar que pessoas civilizadas podem conviver de maneira harmoniosa mesmo não concordando em muitos assuntos. Não compreendo o que leva uma pessoa a atacar outra com palavrões ou ofensas pessoais apenas por discordar dela em alguns aspectos. Foi isso o que vimos aqui no blog nessa semana. Teve um sujeito que ficou indignadíssimo por não ter gostado de uma crítica feita por Gerald a, se não me engano, Portinari. Tudo bem. Também ficaria indignadíssimo se criticassem, sei lá eu, Goethe, Flaubert, Stendhal… Mas daí a levar para o lado pessoal, chamar o crítico de “bicha”, “veado”, não sei mais o que, aí, me desculpem, já é patologia!

Teve, inclusive, um leitor “antigo” que afirmou que não escreveria mais nenhuma linha neste blog porque, no seu entender, eu lideraria uma corrente de “conservadores”, “direitistas” e que estaria desencaminhando demais leitores. Isso não é apenas ridículo, é esquizofrenia pura! E algum leitor seria tão imbecil a ponto de deixar suas convicções simplesmente porque o Vamp escreveu algo? Me poupem, né?! Gostaria, inclusive, de dizer que não tenho partido, não tenho religião, não tenho deus, não tenho ideologia… Tenho, sim, uma polaca que pensa que me controla. Agora, tenho o péssimo costume de chamar as coisas pelo respectivo nome. Quem rouba, eu chamo de ladrão. Quem mata, eu chamo de assassino. Quem seqüestra, eu chamo de seqüestrador. Para mim não faz diferença se quem pratica o ato usa barbicha, bonezinho com estrelinha ou o faz por uma boa causa, seja lá o que o sujeito entenda ser uma boa causa.

A Frase da Semana

Mas nem tudo foi baixaria ou ofensa pessoal. Não, pelo contrário! O que chamou a atenção foram os excelentes comentários dos leitores. Mais que a quantidade, a qualidade destes comentários é que impressiona. O leitor que se identifica por “Tene Cheba” teve a frase escolhida pelo, por assim dizer, conjunto da obra. Fez vários comentários brilhantes. Se referindo ao nosso querido presidente, ele mandou essa: “Lula foi uma renúncia ao futuro, um escape luxuoso, uma perversão coletiva, o gostinho do risco, uma recorrência.” Calma, petralhas e petistas! Não quero ofender ninguém, não. É que o “Tene” colocou a questão de um ponto de vista diferente do usual. Normalmente se credita a eleição do Lula a uma parcela da sociedade que depende do bolsa-esmola, do assistencialismo governamental. Mas sabemos que não foi bem assim. Ao menos no primeiro mandato, a porralouquice de pessoas mais esclarecidas foi fundamental para nos levar a essa situação na qual nos encontramos.

Você decide

Para tirar essa imagem de ser contra a democracia, contra o povão que, injustamente, alguns me atribuem, deixo que os leitores opinem sobre o que fazer com os comentaristas, como direi?, não tão educados:

a) ( ) Permitir que todos se manifestem livremente, desde que usem “listerine” antes de entrar no blog.

b) ( ) Usar de maneira severa a censura. Liberdade é coisa de veado!

c) ( ) Criticar pode. Relinchar asneiras não pode. Principalmente se o asno for um petralha.

d) ( ) Permitir apenas os comentários que comecem por: “Querido Gerald…”

O Vampiro de Curitiba