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segunda-feira, 6 de abril de 2009

Coréia do Norte

NOVA YORK- O bombástico regime stalinista norte-coreano sempre realiza testes. O regime priva seu povo de comida, mas investe nos seus testes com foguetes (já tem as bombas nucleares), enquanto testa a capacidade de reação do mundo às suas provocações. O lançamento do foguete no domingo - que o regime comunista alega ter sido para carregar um satélite de comunicação - pode ter fracassado, mas o fundamental é que os norte-coreanos mantêm seus esforços para construir um míssil balístico intercontinental, apesar das insatisfações intercontinentais, para transportar uma ogiva nuclear que teoricamente poderia alcançar o Alasca.





Existe a demonstração questionável de capacidade tecnológica, mas também a inquestionável demonstração política para complicar negociações multilaterais. Este novo teste é também uma arma de propaganda para mostrar que o regime está intacto enquanto o ditador Kim Jong-il se recupera de um derrame sofrido no ano passado. Na próxima quarta-feira, o Parlamento fantoche deverá ratificar Kim no cargo de chefe de defesa nacional, seu único cargo formal.

Este é um dos primeiros grandes testes diplomáticos para o governo Obama, já as voltas com o desafio nuclear iraniano. O padrão norte-coreano é provocar com testes tecnológicos e nucleares para então extorquir mais assistência dos EUA, Japão e Coreia do Sul. O drama é que, enquanto faz este jogo mafioso, progride na sua capacidade técnica (o que também está ocorrendo no processo de enriquecimento de urânio iraniano). Embora seja um dos paises mais miséraveis e isolados do mundo, a Coreia do Norte aprimorou sua habilidade técnica desde que adquiriu os primeiros mísseis do Egito há 30 anos. Os ganhos tecnológicos são obtidos às custas da imposição de sacrifícios genocidas de sua população faminta.

A desolação mundial com o regime quase pária é fácil. O drama é o que fazer. A inevitável reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas no domingo terminou em impasse. De novo, China e Rússia resistem a sanções econômicas mais duras. Para Obama, é a linha sinuosa de não permitir que os norte-coreanos mais uma vez atuem sem maiores cerimônias ao mesmo tempo em que deixe espaço para que o regime stalinista retorne às negociações multilaterais sobre desarmamento nuclear.

Tudo indica que é o jogo mafioso de sempre: os norte-coreanos querem negociar enquanto faturam um triunfo propagandístico dentro de casa e criam fissuras lá fora (em particular entre americanos e chineses). O regime de Kim Jong-il precisa allimentar seu povo. Para tanto, deverá retornar à mesa de negociações para achacar comida e outros tipos de assistência, vitais para sua sobrevivência.

É um jogo humilhante, desgastante e perigoso para o mundo. Nesta crise não existem boas soluções.

 
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