Pedra redonda
A PF (Polícia Federal) afirma ter desarticulado na manhã desta quarta-feira, em Porto Alegre (RS), uma quadrilha que vendia remédios controlados para o exterior por meio da internet. A operação, intitulada Pedra Redonda e que aconteceu em conjunto com a Interpol e o DEA (Drug Enforcement Administration --agência antidrogas dos Estados Unidos), deteve cinco pessoas e apreendeu computadores, CDs, DVDs, documentos, além de R$ 20 mil em dinheiro.
De acordo com a PF, todos os mandados de busca e de prisão foram cumpridos. Quatro supostos integrantes do bando foram presos em Porto Alegre. Já o homem apontado como líder da quadrilha foi detido em Montevidéu, no Uruguai, pela polícia daquele país. Os detidos, cujos nomes não foram divulgados, devem responder pelos crimes de tráfico internacional de drogas, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e evasão de divisas, cujas penas somadas podem alcançar a 30 anos de reclusão.
A investigação que levou a essas prisões começou em março do ano passado, após uma operação que desarticulou uma organização criminosa que oferecia quase todos os serviços bancários, tais como manutenção de conta corrente e investimentos (abastecidos com dinheiro de caixa dois de empresas), compra e venda de moeda estrangeira e remessa de valores para o exterior por canais financeiros ilegais e não declarados às autoridades competentes.
Na apuração dos documentos apreendidos, policiais acharam estranha a movimentação financeira de um homem de 30 anos que investia no banco. Apesar de não trabalhar, possuía milhões de dólares em sua conta, mansões na Flórida (EUA) e carros de luxo.
Investigações posteriores revelaram que o suspeito fazia parte de uma quadrilha detentora de sites de farmácias virtuais que vendia remédios de uso controlado de forma ilegal principalmente para os Estados Unidos. De acordo com a PF, esse comércio paralelo é considerado tráfico de drogas. O homem também usaria o banco ilegal para lavagem do dinheiro da quadrilha
Policiais descobriram ainda que jovens em Porto alegre auxiliavam o suspeito com serviços de informática e na lavagem do dinheiro.
As polícias internacionais entraram na operação pois verificou-se que o suspeito, além de possuir clientes americanos, viajava constantemente para a Europa e ao Uruguai, onde manteria encontros de negócios.
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