Mecânicos digitais
Na mesa de trabalho de Ricardo Ramos dono da oficina Advanced,em Campinas (SP),suas mãos com resquicios de gracha repousam ao lado do controle remoto do ar condicionado.Completam o cenário memory cards,cabos e um notebook com interface para gerenciar módulos de injeção eletrônica,no momento conectado a uma novissima central Bosch Motronic do Passat Turbo 2.0 FSI.No armário dezenas de manuais,apostilas técnicas e cds,tudo em inglês.Do lado de fora,12 scaners,aparelhos de diagnósticos parecidos com palmitops gigantes."Já estão defasados",diz Ricardo,que investe quase 25% do seu capital em ferramentas novas e cursos de atualização para cuidar da frota que frequenta sua oficina:Volvo S40,Mercedes Classe E,Porche 911,Toyota SW4 e alguns poucos nacionais.
Desde 1996,ele viaja regularmente para os Estados Unidos e Europa.Em março,foi passar 45 dias na Alemanha para fazer cursos sobre injeção direta,sistema de controle de estabilidade e motores a diesel eletrônicos.Ricardo é o retrato da nova geração de mecânicos,que está trocando a "mão na gracha" pela alta tecnologia dos scanners.Nesse novo universo da eletrônica a bordo,alguns profissionais perceberam que não podem ficar dos no tempo.
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